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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Histórico do Hospital Aristides Maltez

Levado pelo sofrimento da mulher baiana, portadora de câncer do colo uterino, que por falta de condições de hospitais da época, padeciam nas praças e nos passeios públicos, decidiu o Professor Aristides Maltez, titular da cátedra de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Bahia desenvolver os máximos esforços junto a sociedade baiana para criar um Instituto de Câncer. Conseguiu o primeiro passo ao fundar, em manhã ensolarada de domingo, no Hospital Santa Izabel, da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, com 52 abnegados companheiros, a Liga Bahiana Contra o Câncer, segunda entidade criada na luta contra o câncer no Brasil, ocasião em que proferiu a lapidar frase: "Esta é a lâmpada da caridade que jamais se apagará no coração dos meus seguidores".
Árduos foram os momentos que se seguiram para alcançar o objetivado, até que em 1939 foi chamado a realizar uma intervenção cirúrgica delicada no Interventor do Estado da Bahia, Landulpho Alves de Almeida. Como brilhante cirurgião que era o Prof. Maltez, tendo sido a cirurgia coroada de êxito e o cirurgião recusando-se a receber honorários pelo ato, eis que pressionado pelo interventor, lançou o desafio: "se alguma coisa queira V.Exª fazer por mim, faça pelos cancerosos carentes e ajude-nos a completar o recurso que possui a Liga Bahiana Contra o Câncer, para a construção do Instituo de Câncer da Bahia".
E assim, determinou o interventor Landulpho Alves a emissão de bônus do Tesouro Estadual no valor de $103,50 contos de reis que vieram a se juntar aos $196,50 contos de reis obtidos em campanhas através de quermesse, chás e outras atividades sociais da época.
Conseguindo os recursos, foi adquirida a Chácara Boa Sorte, no bairro de Brotas, onde em 20 de outubro de 1940 foi lançada a pedra fundamental do Instituto de Câncer da Bahia, ocasião em que o Prof. Aristides Maltez enfatizando seu compromisso para com os carentes, os desvalidos em seu discurso destacou: "A semente do carvalho está lançada. A sua sombra não será, porém, mais para mim, servirá, sim, para dar abrigo aos cancerosos pobres da Bahia".
Iniciada a construção, veio o Prof. Maltez a falecer em janeiro de 1943, quando então decidiram seus companheiros dar ao Instituto de Câncer da Bahia o nome de Hospital Aristides Maltez, que foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1952, sendo o primeiro hospital de câncer, construído na especialidade no país e que atua até os dias presentes, sem jamais ter deixado de funcionar um único dia sequer, voltado, fundamentalmente, para as pessoas carentes, excluídas, portadoras de câncer, o qual foi concluído em 1984, pelo apoio decisivo do governador Antonio Carlos Magalhães.
O Hospital Aristides Maltez, que começou a funcionar com 15 leitos, possui hoje 218 leitos, sendo 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), humanizada e 18 de oncologia pediátrica, um movimento diário em seus ambulatórios de 3.000 pacientes, tem como clientela 100% de pacientes SUS, atende anualmente uma média de pacientes egressos de 406 municípios do Estado da Bahia, além de pacientes de Estados vizinhos com Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Pará, Maranhão, Vitória e Minas Gerais, realiza uma média de 1.700.000 procedimentos
Desde a data de sua inauguração e durante o correr dos anos, foram grandes as dificuldades, as lutas, os obstáculos encontrados, sendo todos vencidos, passo a passo, graças ao empenho de seus dirigentes, a exemplo de Carlos Maltez e Aristides Maltez Filho, liderando seguidores do ideal do Prof. Aristides Maltez.
O Hospital Aristides Maltez atinge, na atualidade, uma posição de inquestionável destaque no cenário nacional da luta contra o câncer, tornando-se um centro de excelência, rigorosamente dentro do preceituado pelo seu fundador, Prof. Aristides Maltez, de atenção às pessoas carentes, sem jamais ter deixado de funcionar um único dia sequer.
Representa o Hospital Aristides Maltez um símbolo de amor ao próximo, um símbolo da filantropia no cenário nacional, graças ao elevado conceito da comunidade.
Como toda entidade que atua cristalinamente no cumprimento de seu papel social, é o seu hospital deficitário, financeiramente, mais superavitário na missão social.

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