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sábado, 28 de janeiro de 2012

Câncer de pulmão Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Câncer de pulmão (português brasileiro) ou cancro do pulmão (português europeu) é a expansão e transformação maligna do tecido pulmonar. É o tipo mais letal de câncer/cancro no mundo todo, responsável por 1,2 milhões de mortes anualmente. É causado principalmente pelo hábito de fumar cigarro, e afeta homens predominantemente, mas o número de câncer de pulmão em mulheres vem aumentando em decorrência do aumento do tabagismo.[1] Entretanto, algumas pessoas que nunca fumaram sofrem de câncer de pulmão.
Pesquisas atuais indicam que o fator com o maior impacto no risco de se ter um câncer de pulmão é a exposição a longo prazo de carcinógenos. O termo carcinógeno refere-se a qualquer forma de substância ou radiação que é um agente que promove ou tem envolvimento directo com a facilitação do câncer ou instabilidade genômica devido à destruição das mudanças metabólicas celulares. O meio mais comum de exposição aos carcinógenos é o tabagismo.
O tratamento dependem do tipo do câncer, o estágio ou estadio (grau de dispersão), entre outros fatores. Os tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia e terapia radioativa entre outros.

Índice

 [esconder

[editar] Classificação

Frequência dos tipos histológicos de câncer de pulmão
Tipo histológico Frequência (%)
Carcinoma de não-pequenas células 80,4
Carcinoma de pequenas células 16,8
Carcinoma[2] 0,8
Sarcoma[3] 0,1
Câncer de pulmão não-especificado 1,9
Classificação histológica dos carcinomas brônquicos de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):
  • Carcinoma de pequenas células
  • Carcinoma de não-pequenas células

[editar] Causas

As principais causas de câncer de pulmão incluem carcinógenos (como os presentes na fumaça do tabaco), radiação ionizante, Asbesto, infecção viral e material particulado. A exposição causa mudanças cumulativas no DNA do tecido que recobre os brônquios dos pulmões (o epitélio brônquico). Quanto mais o tecido é lesionado, maior a hipótese de desenvolvimento do câncer. Para piorar as substâncias do cigarro diminuem as respostas imunes deixando o organismo todo ainda mais vulnerável a doenças.[4]
De forma semelhante ao cigarro, a fumaça da maconha causa danos aos pulmões. Por possuir o dobro de hidrocarbonetos poliaromáticos e por geralmente envolver tragadas mais longas e profundas, o usuário de maconha fumada terminam com cinco vezes mais monóxido de carbono na corrente sanguínea do que os tabagistas. Como é fumada sem filtro, os danos causados aos pulmões equivalem ao dano causado por cerca de 20 cigarros. [5][6]
Quem não fuma mas convive com pessoas fumantes também corre o risco de desenvolver cânceres.

[editar] Tabagismo

A incidência do câncer de pulmão está altamente correlacionada com o tabagismo
O tabagismo, especialmente o de cigarros, é de longe o maior fator contribuinte para o câncer de pulmão.[7] Nos países desenvolvidos, quase 90% das mortes por câncer de pulmão são causadas pelo tabagismo. 1,4% das vítimas nunca fumaram, mas a maioria conviviam frequentemente com fumantes (geralmente em casa ou no trabalho), felizmente pessoas que nunca fumaram tem melhores respostas ao tratamento e maior taxa de sobrevivência [8].
Mulheres fumantes que fazem terapia hormonal tem um risco 60% maior de desenvolver câncer de pulmão do que as que não fazem. Além disso, também tem um risco aumentado para câncer de mama.[9]

[editar] Sinais e sintomas

Os sintomas que sugerem o câncer de pulmão incluem:
  • Falta de ar.
  • Tosse seguida de sangue.
  • Tosse crônica.
  • Chiado no peito.
  • Dor no peito ou no abdômen.
  • Dor na coluna vertebral (região dorsal).
  • Perda de peso, fadiga e perda de apetite.
  • Disfonia - disfonia representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz.
  • Hipocratismo digital - é um sinal caracterizado pelo aumento das falanges distais dos dedos e unhas da mão que está associada a diversas doenças, a maioria cardíacas e pulmonares (incomum).
  • Dificuldade em engolir.
  • Febre.
  • Cor da pele torna a ser mais amarelada.
  • Queda de cabelos e pelos pubianos.
  • Microbolhas pela pele.
  • Unhas crescendo em deformação.
  • Cheiro do corpo diferente, principalmente atrás das orelhas.
Porém, muitas vezes o câncer é assintomático nas fases iniciais e os sintomas só começam a aparecer nas fases mais graves.

[editar] Prevenção

Como, segundo o INCA cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são por causa do consumo de derivados do tabaco (geralmente cigarro), a principal forma de prevenção é nunca fumar e não ficar próximo a fumantes.[10]
Parar de fumar permite que o pulmão se regenere parcialmente, melhora a imunidade e melhora a saúde não só do fumante como de todos aqueles que vivem com ele. Diversos remédios psiquiátricos e psicoterapia podem ajudar nesse processo. [11]
No caso de ambientes contendo cancerígenos no ar, como fumaça e restos de minerais silicatos, máscaras apropriadas devem ser usadas.

[editar] Epidemiologia

Segundo a OMS 2008 houve 1,52 milhões de casos novos e 1,3 milhões de mortes por câncer de pulmão no mundo.
Câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comum entre os homens (desconsiderando os cânceres de pele não-melanoma), representando 17% do total dos novos casos de câncer, sendo um pouco mais incomum nas mulheres (11% dos casos de câncer), e 23% do total de mortes por câncer no mundo.[12] A cada ano aumentam em 2% a quantidade de novos casos no mundo. É uma das poucas doenças que continuam mesmo com os altamente letais avanços contínuos dos tratamentos. No Brasil mata cerca de 15.000 pessoas por ano.[13]
Ao contrário do que acontece em países mais desenvolvidos, no Brasil o câncer de próstata (com 52 mil novos casos/ano) é mais comum que o câncer de pulmão (com 18 mil novos casos/ano) entre os homens, e o câncer de mama (com 49 mil novos casos/ano) é mais comum que o câncer de pulmão (com 10 mil novos casos/ano) entre as mulheres. [14]
A faixa etária mais afetada são idosos entre 60 e 80 anos. É 50% mais comum entre homens negros e 10-20% entre mulheres negras por causa do tipo de cigarro tradicionalmente fumado entre negros possuírem maior porcentagem de nicotina e alcatrão.[15]

[editar] Tratamento

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

O risco de câncer é 5 vezes maior entre pessoas cujos pelo menos um dos pais morreram de câncer de pulmão mesmo que eles nunca tenham fumado.
O tratamento para o câncer de pulmão depende do tipo celular específico do câncer, o quanto ele se espalhou e o estado do paciente. Os principais tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Tumores restritos ao pulmão (estágio I ou II) devem ser operados e removidos e tem chance de cura entre 60 e 90%. Conforme ele se espalha pelo organismo passa a ser necessário uma associação de quimio e radioterapia, com eventual necessidade de intervenção cirúrgica, porém nesse estágio (estágio III) a chance de cura é reduzida a 30%. Quando o câncer se espalha para órgãos distantes (estágio IV) é altamente improvável a cura completa, mas ainda existem tratamentos paliativos que permitem o paciente viver mais alguns meses ou mesmo anos com boa qualidade de vida.[13]
Infelizmente cerca de 40% dos casos diagnosticados já se espalharam para regiões próximas e outros 40% já possuem metástases distantes, o que explica porque a taxa de sobrevida após 5 anos do diagnóstico estar apenas entre 10 e 15%. A sobrevida entre aqueles que apresentam poucos sintomas é duas vezes maior do que sintomas graves.[15]

Referências

  1. National Lung Cancer Partnership: Lung Cancer in American Women
  2. Morandi, U; Casali C, Rossi G. (2006). "Bronchial typical carcinoid tumors". Seminars in Thoracic and Cardiovascular Surgery 18 (3): 191–198. DOI:10.1053/j.semtcvs.2006.08.005. PMID 17185178.
  3. Etienne-Mastroianni, B; Falchero L, Chalabreysse L et al.. (December 2002). "Primary sarcomas of the lung: a clinicopathologic study of 12 cases". Lung Cancer 38 (3): 283–289. DOI:10.1016/S0169-5002(02)00303-3. PMID 12445750.
  4. Sopori, M (May 2002). "Effects of cigarette smoke on the immune system". Nature Reviews. Immunology 2 (5): 372–7. doi:10.1038/nri803. PMID 12033743.
  5. http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2286761-EI298,00.html
  6. http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u368157.shtml
  7. Biesalski, HK; Bueno de Mesquita B, Chesson A et al.. (1998). "European Consensus Statement on Lung Cancer: risk factors and prevention. Lung Cancer Panel". CA Cancer J Clin 48 (3): 167–176; discussion 164–166. DOI:10.3322/canjclin.48.3.167. PMID 9594919.
  8. Nordquist, LT; Simon GR, Cantor A et al. (August 2004). "Improved survival in never-smokers vs current smokers with primary adenocarcinoma of the lung". Chest (American College of Chest Physicians) 126 (2): 347–351. doi:10.1378/chest.126.2.347. PMID 15302716.
  9. Chlebowski RT et al (2009). "Non-small cell lung cancer and estrogen plus progestin use in postmenopausal women in the Women’s Health Initiative randomized clinical trial". Journal of Clinical Oncology 27 (155): CRA1500.
  10. http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pulmao
  11. US Department of Health and Human Services (1990-09-30). "The Health Benefits of Smoking Cessation: a Report of the Surgeon General" (PDF). Centers for Disease Control (CDC), Office on Smoking and Health.. pp. vi, 130, 148, 152, 155, 164, 166. Retrieved 2007-11-18.
  12. Jemal, A; Bray, F, Center, MM, Ferlay, J, Ward, E, Forman, D (2011-02-04). "Global cancer statistics". CA: a cancer journal for clinicians 61 (2): 69–90. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.20107/full
  13. a b http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=340
  14. http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/index.asp?link=conteudo_view.asp&ID=2
  15. a b http://euromedcateteres.com.br/pdf/05_CancerdePulmao.pdf
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