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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A felicidade é como o ciclo do mar.
Há dias em que a nossa vida transborda,
inundando-se da mais pura alegria.
Outros, ela esconde-se como as conchas
absorvidas pelas ondas. Mesmo que a
maré se modifique, na sua profundeza
continuam vivas as maiores belezas
e delícias da vida.
Bjo no ♥

sábado, 28 de janeiro de 2012

Orientações aos Pacientes em Tratamento

Cuidados Paliativos
Cientes de nossa limitação como profissionais da saúde, devemos deixar de pensar na finitude ou na doença crônica como um fracasso da medicina, visto ser o alívio da dor e do sofrimento uma das metas da medicina.
Nesta habilidade pressuposta da medicina estão inclusos os cuidados paliativos.
Como cuidados paliativos entendemos cuidados totais prestados ao paciente e à sua família, os quais se iniciam quando a terapêutica específica curativa deixa de ser o objetivo.
A terapêutica paliativa é voltada ao controle sintomático e preservação da qualidade de vida para o paciente, sem função curativa, prolongamento ou de abreviação da sobrevida.
A empatia, bom humor e compreensão são integrantes fundamentais da terapêutica. A abordagem é multidisciplinar, contando com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e voluntários.

Tratamento Paliativo

Os procedimentos paliativos são variados. Alguns desses procedimentos (cirurgias, quimioterapia, radioterapia) podem ser pessoalmente inaceitáveis para alguns médicos por não apresentarem resultados reais. Alguns médicos não aceitam o procedimento pelo paciente estar com câncer e sem possibilidade de tratamento curativo. Nesses casos, o profissional deverá então encaminhar a outro médico que possa discutir as vantagens e desvantagens. Desse modo, o paciente poderá decidir por si próprio os rumos de seu tratamento. O paciente precisa ter certeza de que o médico e a família não irão abandoná-lo e que terão vontade e capacidade de enfrentar qualquer problema que venha a surgir. Muitos doentes de câncer tem uma variedade de problemas residuais que precisam ser resolvidos antes de poderem se permitir morrer em paz, inclusive problemas relativos aos entes queridos, que, em sua ausência, possam viver de maneira mais confortáveis. Mas o tratamento paliativo também tem seus limites. Para alguns pacientes, o tratamento é ineficaz e somente trará mais sofrimento ao doente. Por esse motivo, tudo deve ser analisado e discutido junto da família, mostrando os prós e contras. Os benefícios sempre devem ser maiores para o doente.

Importante

Para conviver com a doença, paciente e familiares podem lançar mão de certas estratégias positivas de convivência, tais como:
  • Participar no atendimento, aprendendo e executando certos procedimentos relacionados à doença.
  • Procurar informações relevantes a respeito do câncer e obter material adequado. Não acreditar em tudo que dizem por aí.
  • Estabelecer metas limitadas facilmente alcançáveis pelo paciente e família.
  • Estimular um ao outro a se abrirem e relatarem seus temores e preocupações a alguém da equipe de atendimento.

Em resumo:

Tratamento paliativo é instituído a pacientes sem possibilidade de cura com o objetivo de dar a este paciente, no tempo que ainda lhe resta, um digna, sociável, junto a sua família, sem dor, sem fome e com oportunidade de resolvem muitas pendências que lhes restaram em vida.
 
Tratamento da dor
A análise de pesquisas publicadas revelou que, em 70 a 90% dos doentes com câncer, a dor é o principal sintoma da doença.
Numerosos relatórios publicados indicam que a dor no câncer é muitas vezes tratada inadequadamente.
Uma série de estudos usando relatos verbais e escalas de mensuração da dor, indica que a mesma é de moderada a severa intensidade em 50% dos doentes e muito severa ou intolerável em 30% deles e que sua prevalência aumenta com o avanço da doença.

A dor no câncer

O doente com câncer pode ter dor por várias causas.
Em 78% dos casos é produzida pelo próprio câncer, por infiltração ou invasão tumoral direta primária ou por metástases. Em 19% é devida ao tratamento do câncer e em 3% por causas não relacionadas ao câncer ou seu tratamento.

Dor causada pelo câncer (78%)

  • Infiltração Óssea.
  • Compressão ou infiltração de nervos periféricos (SNP) -
  • Infiltração do neuro-eixo (SNC) -
  • Infiltração e oclusão de vasos sangüíneos e linfáticos
  • Obstrução de vísceras ocas ou de sistemas ductais de vísceras sólidas.
  • Infiltração de órgãos maciços como fígado, baço, pâncreas.
  • Necrose, infecção, inflamação e ulceração de membranas mucosas e outras estruturas nociceptivas.

Dor causada pelo tratamento do câncer ( 19%)

  • Dor pós-operatória
  • Dor pós-quimioterapia
  • Dor pós-radioterapia

Dor não Relacionada ao Câncer ou a seu Tratamento (3%)

Podem ser causadas por: osteomielite, cefaléia tensional, osteoartrite, osteoporose, neuropatia diabética, pós-alcoolismo, pós-hanseníase, protrusão discal, hérnia discal, síndrome pós-laminectomia, miofacial, etc., independentes da dor pelo câncer.

Apresentação clínica da dor

Dor nociceptiva

Resultado de estímulos de receptores somáticos (pele, músculos, ossos, ligamentos, articulação) ou de vísceras. Responde bem a todas formas de terapia analgésica.

Dor neuropática

Resultado de lesão ou alteração funcional do sistema somatosensorial (controlador dos estímulos externos ao corpo) periférico ou central. São lesões no sistema nervoso central ou periférico.

Dor idiopática

Não existe uma causa orgânica para explicá-la. Necessário avaliação psiquiátrica.

Avaliação da intensidade da dor

O uso de um instrumento para avaliação da intensidade da dor é fundamental para nortear o início do tratamento e sua eficácia. Os utilizados são aqueles que podem ser rapidamente e facilmente aplicável ao paciente.

As mais indicadas são:

  • Escala Numérica
  • Escala descritiva

Princípios Básicos para o Controle da Dor:

  • Boa comunicação entre equipe, paciente e família;
  • Avaliação multidisciplinar e multifatorial completa;
  • Tratamento precoce em todos os estágios da doença;
  • Paciente e família como unidade de cuidado;
  • Administração de analgésicos nas 24 horas;
  • Avaliação e seguimento contínuos;
  • Analgesia é a parte integrante do plano de assistência global do paciente oncológico.

Tratamento Farmacológico

A seleção do analgésico mais apropriado está baseada no tipo de severidade da dor, levando-se em consideração a combinação de drogas: analgésicos opióides, analgésicos não opióides e drogas adjuvantes.
Analgésicos não opiáceos são analgésicos comuns (anti-inflamatórios não esteróides – AINES, dipirona, paracetamol).
Opiáceos são drogas derivados do ópio (morfina, fentanil, metadona, etc.).
Drogas adjuvantes são os medicamentos que associados aos opiáceos ou opióides vão auxiliar no controle da dor. Dentre estes medicamentos estão:
  1. Antidepressivos tricíclicos
  2. Anticonvulsivantes
  3. Corticosteróides
  4. Bifosfonados (medicamentos que diminuem a reabsorção óssea)
O tratamento farmacológico vai depender da resposta e da adesão de cada paciente ao tratamento. As doses e medicamentos serão ajustadas conforme a necessidade e avaliação médica.

Efeitos colaterais dos opiáceos e opióides

1. Constipação intestinal é o efeito adverso mais comum. Deve ser tratado com laxantes, alimentação rica em fibras, hidratação, supositórios de glicerina, lavagens intestinais e em último caso esvaziamento da impactação fecal mecânica, realizado pelo médico.
2. Náuseas e Vômitos ocorrem em mais de 50% dos casos que recebem opióides para dores moderadas ou fortes.
3. Sonolência e confusão mental podem ocorrer inicialmente e regridem dentro de 3 a 5 dias. Não desaparecendo, deve-se reduzir a dose.
4. Depressão respiratória raramente ocorre com as doses usuais em pacientes tratados de forma adequada.
5. Efeitos menos freqüentes: surtos psicóticos, coceiras, espasmo brônquico. Dependência Física, Dependência Psicológica e Tolerância.
Constituem os principais mitos relacionados a utilização inadequada dos analgésicos opióides, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos pacientes e seus familiares.
Dependência Física aos opióides seria um estado de adaptação que é manifestado por uma síndrome de abstinência (náuseas, vômitos, agitação psicomotora, sudorese e diarréia) produzida pela interrupção abrupta de um opióide. Isso pode ser facilmente evitado com a diminuição gradativa de aproximadamente 20% da dose diária. Esse efeito não deve ser motivo de relutância do paciente quanto ao seu uso.
Dependência Psicológica caracterizada pela compulsão de usar os opióides para desfrutar de seus efeitos. Vários estudos mostram que isso é uma adição muito rara. Para se ter uma idéia: de 12.000 paciente pesquisados, somente 4 desenvolveram um grau de dependência.
Tolerância é um fenômeno fisiológico normal relacionado a utilização crônica dos opióides, onde o aumento pode ser necessário para produzir o mesmo efeito analgésico. Pacientes com câncer desenvolvem muito pouco o fenômeno de tolerância.
 
Orientações sobre pós operatório
Orientações gerais básicas do pós operatório em cuidado domiciliar.

1. Manter a ferida operatória sempre limpa e protegida de secreções, animais, poeira, água suja e demais substâncias não conhecidas que podem levar a infecção do local.
2. Curativo deve sempre ser feito após o banho. No banho, lavar a ferida operatória com água corrente e sabonete, com leve fricção sobre a ferida. O curativo deve ser feito com soro fisiológico (limpando levemente a ferida com gaze umedecida em soro fisiológico) e depois cobrir com gaze seca e limpa. Não aplicar pomadas ou outras substâncias, somente se orientação do seu médico. OBS: Não devem ser molhados os curativos com gesso e os curativos pós enxerto de pele (aquele curativo tipo “pacotinho”). Estes permanecerão fechados até o retorno.
3.Esforços devem ser evitados por aproximadamente 90 dias, pois este é o tempo, em geral, para uma cicatriz cirurgia reparar totalmente.
4.Não é necessário tomar antibióticos. Tomar somente se tiver orientação do médico que realizou a cirurgia.
5.Medicamentos para a dor leve serão prescritos. Caso tiver dor mais intensa, seu médico deve ser comunicado imediatamente.
6. Em caso de febre, procurar o médico para uma avaliação. Não tomar antibióticos enquanto não for avaliado pelo seu médico.
7. Os pontos vão ser retirados em um período de 7 a 12 dias, dependendo do local operado. Essa retirada de pontos será realizada no retorno pós-operatório, previamente agendado. Caso isto não tenha se realizado, entrar em contato para marcar uma consulta. Não retirar os pontos em outro local, somente no designado pelo seu médico, pois ele vai avaliar a necessidade de retirada ou não dos pontos.
8. Secreção, inflamação e demais alterações: deve-se procurar seu médico para uma avaliação.
   
Orientações para quimioterapia

Sintomas que merecem cuidados imediatos

Caso o paciente apresente algum sintoma novo que o incomode ou ainda um dos sintomas relacionados abaixo, deve procurar orientação médica, o mais rápido possível.
  • Febre (temperatura igual ou maior que 38 graus). 
  • Falta de ar ou dificuldade respiratória. 
  • Dificuldade de controlar a urina. 
  • Dificuldade na visão (dupla ou borrada).
  • Dor de localização ou intensidade anormal.
  • Sangramento de qualquer região, que persista por tempo mais prolongado.

Alimentação

Não há necessidade de grandes modificações na alimentação. No entanto, o paciente deve incluir nas refeições diárias frutas, verduras, cereais, carnes, a fim de obter todos os nutrientes de que o organismo precisa. É importante que o paciente esteja sempre bem alimentado para ter melhores condições de reagir aos efeitos colaterais e também para estar menos predisposto a infecções.

Bebidas alcoólicas

Devem ser evitadas já que o álcool pode interagir com os medicamentos utilizados no tratamento, podendo reduzir os efeitos esperados e aumentando efeitos colaterais.

Atividades físicas

Durante o período de tratamento não há contra-indicação à prática de exercícios físicos ou modalidades esportivas. Porém, o indivíduo pode ficar menos disposto. Por esta razão, o paciente deve estar atento para não forçar suas condições físicas.

Trabalho

A maioria dos pacientes pode e deve continuar trabalhando durante o tratamento. Não há indicação para que as atividades habituais sejam paralisadas, a menos que sejam bastante pesadas e exijam muita condição física. Na maioria das vezes, o paciente precisa apenas ajustar o dias das sessões e os dias em que os efeitos colaterais estejam mais fortes, para que possa entrar em acordo e ser dispensado do trabalho.

Relações sexuais

A quimioterapia, para muitos pacientes, provoca tensões físicas e emocionais que podem estar ligadas não só aos efeitos colaterais como também às mudanças no ritmo de vida, alimentação e trabalho, além de ansiedades em relação à saúde, à família. Todos esses aspectos juntos podem contribuir para que haja uma diminuição no interesse sexual.
No entanto, é importante que o paciente saiba que a quimioterapia não o impede de manter relações sexuais normalmente.

Ciclo menstrual

As drogas utilizadas na quimioterapia podem reduzir temporariamente a produção de hormônios, provocando em algumas mulheres alteração do ciclo menstrual. A quantidade de sangramento pode ser alterada e, às vezes, pode ocorrer interrupção completa da menstruação. Geralmente após o término do tratamento, o ciclo menstrual vai voltando ao seu funcionamento normal.

Gravidez

Durante o período de quimioterapia a gravidez deve ser evitada, já que as drogas usadas podem causar riscos na formação do bebê. É importante pedir orientação ao médico sobre o melhor método de anticoncepção a ser usado durante o tratamento.

Uso de outros medicamentos

Alguns medicamentos, mesmo os homeopáticos e "naturais", podem interferir no tratamento quimioterápico. Por isso, o médico deve ser sempre consultado antes de o paciente fazer uso de qualquer medicamento.

Efeitos indesejados da quimioterapia

Náuseas e Vômitos

As drogas quimioterápicas geralmente causam irritação nas paredes do estômago e intestino provocando enjôos e vômitos. Esses sintomas ocorrem principalmente no dia da infusão, podendo se prolongar por até 4 dias. Algumas mudanças nos hábitos alimentares auxiliam o paciente no combate desses sintomas, tais como:
  • preferir alimentos com rápida digestão
  • não encher o estômago de uma só vez, preferindo fazer várias alimentações ao dia, em pequenas quantidades
  • evitar alimentos gordurosos e frituras
  • comer devagar, mastigando bem os alimentos
  • preferir alimentos frios ou em temperatura ambiente
  • evitar odores fortes
  • procurar não exercer atividades que exijam esforço físico
  • procurar vestir roupas leves.

Feridas na boca

Alguns quimioterápicos podem provocar aparecimento de aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Algumas medidas podem ser seguidas nestes casos:
  • manter a boca sempre limpa, escovando os dentes com maior freqüência
  • evitar ingerir alimentos duros, quentes, ácidos e condimentados
  • procurar usar cremes dentais mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo médico
  • ingerir maior quantidade de líquidos (água, chás e sucos)

Febre

Alguns dias após a quimioterapia, há uma diminuição temporária das defesas do organismo, que fica predisposto a contrair mais facilmente infecções por vírus, bactérias e fungos. A febre é um sinal de alerta para a existência de infecções no organismo.
Nesta situação, o médico deve ser imediatamente avisado para que possa iniciar o tratamento adequado.

Diarréia

Algumas drogas quimioterápicas podem causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. Se ela persistir por mais de 24 horas, o paciente deverá obter orientação médica. Nos casos menos intensos, algumas medidas podem ajudar:
  • procurar manter uma alimentação mais líquida (chás, água e sucos)
  • evitar tomar leite e derivados
  • procurar fazer pequenas refeições, evitando alimentos gordurosos e frituras.

Queda de cabelo

Algumas drogas quimioterápicas atingem o crescimento e a multiplicação das células que dão origem ao cabelo, podendo provocar a queda de cabelos de forma total ou parcial. Não se pode prever exatamente como e em que proporção os cabelos serão afetados. Porém é importante lembrar que a queda é geralmente temporária; o processo de nascimento do cabelo se reinicia logo após o término da quimioterapia, e em alguns casos, ainda durante a quimioterapia.

Alterações da pele e unhas

Dependendo do tipo de quimioterapia, o paciente pode apresentar alterações na pele como: vermelhidão, coceira, descamação, ressecamento e manchas. As unhas também podem apresentar escurecimento e rachaduras.
 
Orientações para radioterapia
Como qualquer tratamento, o uso da radioterapia pode apresentar riscos. As altas doses de radiação que destroem o tumor podem atingir também os tecidos normais, causando os efeitos colaterais.

Sintomas que merecem cuidados imediatos

Caso o paciente apresente algum sintoma novo que o incomode ou ainda um dos sintomas relacionados abaixo, deve procurar orientação médica, o mais rápido possível.
  • Febre (temperatura igual ou maior que 38 graus).
  • Falta de ar ou dificuldade respiratória.
  • Dificuldade de controlar a urina.
  • Dificuldade na visão (dupla ou borrada).
  • Dor de localização ou intensidade anormal.
  • Sangramento de qualquer região, que persista por tempo mais prolongado.

Feridas na boca

A irradiação de tumores de cabeça e pescoço pode provocar aparecimento de aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Algumas medidas podem ser seguidas nestes casos:
  • manter a boca sempre limpa, escovando os dentes com maior freqüência
  • evitar ingerir alimentos duros, quentes, ácidos e condimentados
  • procurar usar cremes dentais mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo médico
  • ingerir maior quantidade de líquidos (água, chás e sucos).

Queimaduras na pele

Podem ocorrer queimaduras na pele que recobre a área irradiada. Para diminuir os efeitos locais é ideal manter a pele bem hidratada e não utilizar substâncias que podem irritar ainda mais o local.

Diarréia

A irradiação de tumores localizados no abdome e na pelve pode causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. Se ela persistir por mais de 24 horas, o paciente deverá obter orientação médica. Nos casos menos intensos, algumas medidas podem ajudar:
  • procurar manter uma alimentação mais líquida (chás, água e sucos)
  • evitar tomar leite e derivados
  • procurar fazer pequenas refeições, evitando alimentos gordurosos e frituras.

Dor para urinar

A irradiação de tumores localizados na pelve pode causar irritação na bexiga, provocando desconforto ou dor para urinar, e às vezes até sangramento. O paciente deve procurar orientação médica para controlar os sintomas e diminuir o risco de complicações.

Boca seca (xerostomia)

A irradiação em tumores de cabeça e pescoço pode causar irritação nas glândulas salivares, causando diminuição da salivação. Atualmente existem medicamentos que, aplicados concomitantemente à radioterapia, podem diminuir este efeito. Para controle dos sintomas, o paciente deve aumentar a ingesta de líquidos e ocasionalmente recorrer a produtos artificiais que imitam a saliva (saliva artificial).
Existem ainda os riscos de toxicidade tardia, geralmente decorrentes de alterações inflamatórias nos locais que receberam irradiação. O médico especialista em radioterapia deve esclarecer ao paciente os riscos e os sintomas possíveis, que dependem da dose utilizada e da área tratada, bem como da aparelhagem e tipo de energia utilizada.

Orientações práticas

Contato pessoal

Não há necessidade de mudanças nos hábitos diários ou nos contatos pessoais. Os pacientes em tratamento radioterápico não se tornam radioativos.

Alimentação

Não há necessidade de grandes modificações na alimentação. No entanto, o paciente deve incluir nas refeições diárias frutas, verduras, cereais, carnes para que possa obter todos os nutrientes de que o organismo precisa.

Cuidados com a pele

A pele que recebe a radioterapia deve ser bem cuidada pois fica mais sensível. Alguns detalhes são especialmente importantes:
  • Lavar a pele diariamente, com sabão neutro e água morna ou fria (nunca quente);
  • Usar roupas leves, de tecidos naturais (como algodão), folgadas;
  • Proteger a pele da exposição solar, de preferência cobrindo-a com roupas leves;
  • Evitar atritos na região como coçar, esfregar e utilizar jóias ou roupas justas;
  • Não aplicar compressas no local (quentes ou frias);
  • Não utilizar pomadas,cremes, hidratantes, desodorantes sem orientação médica.

Atividades físicas

Durante o período de tratamento não há contra-indicação à prática de exercícios físicos ou modalidades esportivas. Porém, é bastante comum que ocorra fadiga durante o tratamento.

Trabalho

A maioria dos pacientes pode e deve continuar trabalhando durante o tratamento. Não há contra-indicação, a menos que seja bastante pesado e exija muita condição física.

Relações sexuais

A radioterapia por si só não contra-indica a relação sexual. Mas deve-se lembrar que o desempenho sexual pode diminuir durante o tratamento devido ao efeitos colaterais, principalmente se for tratamento na pelve.

Gravidez

Durante o período de radioterapia a gravidez deve ser evitada já que a radiação utilizada causa riscos na formação do bebê. Procurar orientação do seu médico.

Uso de outros medicamentos

Alguns medicamentos, mesmo os homeopáticos e "naturais", podem interferir no tratamento radioterápico. Por isso, o médico deve ser sempre consultado antes de o paciente fazer uso de qualquer medicamento.

 http://www.itcancer.com.br/site/index.php/o-cancer
 

Cirurgia


Cirurgia
A cirurgia é a forma mais antiga de tratamento do câncer. Aproximadamente 60% dos pacientes de câncer serão submetidos à cirurgia isoladamente ou em combinação com outras terapias.
Há sete tipos de cirurgia de câncer:

Cirurgia preventiva

É usada para impedir o câncer de acontecer. Muitos cânceres de cólon podem ser prevenidos removendo pólipos pré-cancerosos antes de se tornarem malignos. Uma mulher com risco muito alto para câncer de mama pode decidir ter os seios removido em lugar de se preocupar em adquirir câncer de mama mais tarde.

Cirurgia diagnóstica

Também é conhecida como biópsia. Neste procedimento, o cirurgião remove alguns fragmentos ou o todo de um tumor para exame e determinar se o crescimento é canceroso. Uma biópsia pode ser feita dos seguintes modos:
  • Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF): uma agulha é inserida no tumor e este é aspirado para ser realizada uma inspeção no microscópio.
  • Incisional ou Biópsia Excisional: uma pequena incisão é feita na pele com anestesia local. O cirurgião remove um pedaço do tumor(incisional) ou o tumor inteiro (excisional) para exame adicional.

Cirurgia de estadiamento

É utilizada para determinar a extensão de um câncer. Isso auxilia no planejamento da melhor forma de tratamento.

Cirurgia curativa

Envolve remoção de um tumor canceroso localizado que não têm metástases para outras partes do corpo. Pode ser seguido de radioterapia ou quimioterapia para se certificar que todas as células cancerosas foram destruídas.

Cirurgia suportiva

É usada para dar suporte em outros tratamentos de câncer. Por exemplo, alguns dispositivos de quimioterapia requerem um portal (dispositivo) a ser inserido debaixo da pele.

Cirurgia restauradora

Devolve a aparência e função normal ou próximo ao normal após o tratamento de câncer . A cirurgia reconstrutiva mais comum busca a reconstrução da mama após uma mastectomia. Reconstrução facial e implantes testicular também são exemplos de cirurgia restauradora.

Cirurgia paliativa

Realizada para alívio da dor, fornecer via alimentar ou outras complicações que vêm com câncer avançado. Cirurgia paliativa pode melhorar a qualidade de vida, mas não é uma cura para o câncer.

Radioterapia


Radioterapia
Este tratamento usa doses grandes de raios de alta-energia ou partículas para destruir células cancerígenas em uma área alvo especificamente. A radiação danifica a estrutura química interna das células cancerígenas que as impedem multiplicar.
A radioterapia geralmente é usada em tumores sólidos localizados e em cânceres que afetam a circulação sangüínea, como leucemia e linfoma. Em torno de 50% dos pacientes com câncer sofrerão uma forma de radioterapia. Para alguns, será a única forma de tratamento que necessitarão. A radiação é freqüentemente usada em combinação com outros tratamentos. Usado antes ou durante outros procedimentos ( neoadjuvante ), a radiação reduz o tamanho do tumor para realizar uma cirurgia ou quimioterapia mais efetiva. Usado posteriormente ( tratamento adjuvante ) destrói qualquer célula de câncer que possa ter permanecido.
Há dois tipos básicos de radioterapia:
1 - Radiação com raios externos realizado por máquinas que administram uma dose alta de radiação diretamente em um local com câncer e uma quantia menor nos tecidos saudáveis às margens do tumor. Máquinas diferentes são usadas para tumores de vários tipos ou em locais diferentes no corpo. Máquinas utilizam a energia do material radioativo chamada cobalto-60 e outras máquinas utilizam a energia do Raio-X ou Feixe de elétrons.
2 – Braquiterapia ou radioterapia de contato que envolve material radioativo que é implantado no corpo no local com o câncer. Implantes de radiação são tubos pequenos contendo sementes ou cápsulas de tipos diferentes de material radioativo (tudo lacrado).

Efeitos colaterais da Radioterapia:

Normalmente os efeitos colaterais são limitados ao local de irradiação, embora muitos pacientes experimentarão fadiga generalizada. Células normais que podem ser afetadas através da radioterapia que normalmente vão ser reparadas. Pacientes onde a área receptora de irradiação é no abdômen podem ter náuseas, enquanto a radiação na pélvis pode levar a diarréia. Lesão esfoliativa, mudança de cor e aumento da sensibilidade podem ocorrer na pele na área atingida pelos raios. Estes efeitos normalmente diminuem depois de várias semanas após o término do tratamento. Perda de pêlos no local de irradiação às vezes pode ser permanente. Sempre alerte seu oncologista ou radioterapeuta sobre qualquer efeito colateral, não importa como eles apareçam.

Quimioterapia


Quimioterapia
Quimioterapia, também conhecida como terapia citotóxica, é o nome que se usa para designar os medicamentos utilizados para tratar o câncer.
Existem medicamentos aplicados via endovenosa, via oral, subcutâneo,intramuscular, intra-arterial e intracavitária.
A quimioterapia, em alguns casos, é utilizada como forma exclusiva de tratamento do câncer no caso de linfomas, leucemias e tumores germinativos. Ela é uma ferramenta muito útil contra o câncer. Para se obter maiores chancesde cura ao doente, deve ser utilizada, na maioria das vezes, associada com cirurgia e radioterapia.

Porque a quimioterapia causa muitos efeitos colaterais?

A quimioterapia causa diversos efeitos no nosso organismo, principalmente pelo fato de agirem de forma inespecífica, ou seja, são medicações feitas para destruir células que estão se dividindo, tanto as do câncer quanto as não-cancerosas. As nossas células que estão em constante divisão são as células do sistema digestivo, cabelo, pêlos entre outras. Por isso que ocorre diarréia, vômitos, mucosite, alopecia (perda de cabelos e pêlos) dentro outros sintomas desagradáveis.

Porque a quimioterapia é feita em ciclos?

Uma diferença entre as células do câncer e as normais nossas é que as células do câncer não tem capacidade de se regenerar como as nossas. Então, em cada sessão ou ciclo, é feita uma dose que seja tóxica para o câncer porém tolerada pelo nosso organismo. Geralmente depois de um período de 2 a 4 semanas, o nosso organismo se regenera e o câncer vai morrendo. A cada sessão o câncer vai diminuindo de tamanho. E os intervalos entre as aplicações permitem que as células “boas”se regenerem.

Porque fazer quimioterapia causa sofrimento?

São dois objetivos: o primeiro é a cura. Quando se detecta um câncer em estágio inicial, a quimioterapia realizada após a ressecção do câncer diminui a chance do câncer voltar, permitindo que o paciente tenha uma vida normal após o tratamento. O segundo é que mesmo em doenças incuráveis, a quimioterapia diminui os sintomas causados pelo câncer e retarda a evolução da doença.

Como fazer o tratamento de forma menos traumática?

Há diferenças de efeitos colaterais entre os pacientes que fazem quimioterapia. Por isso a importância de se avaliar cuidadosamente as funções orgânicas: hepática, cardíaca, renal, hematológica e endócrina. Isso é fundamental para que o tratamento seja tolerado, com mínimos efeitos colaterais. Os efeitos da quimioterapia são todos conhecidos e, na maioria das vezes, podem ser prevenidos ou amenizados graças aos recursos que disponibilizamos atualmente (analgésicos, anti-emético, ansiolíticos, etc.).

O Que é Terapia Alvo Molecular?

Algumas medicações recentemente criadas agem quase que exclusivamente nas células do câncer, não apresentando os clássicos efeitos colaterais da quimioterapia e se mostrando bastante efetivas. Isso se deve ao fato da descoberta de elementos específicos das células cancerígenas. Esses elementos são os responsáveis por promover funções importantes como a formação de vasos sangüíneos, fatores de crescimento, fatores que promovem a resistência das células cancerosas à quimioterapia, entre outras funções relacionadas à proliferação e à resistência do câncer. O entendimento dessas estruturas permitiu a produção de anticorpos contra elas mesmas.
Com isso, a terapia alvo molecular, que está em progressivo desenvolvimento, é uma excelente arma contra o câncer.
Vale ressaltar que a terapia alvo molecular vem acrescentando aotratamento padrão melhores chances de cura aos pacientes, porém não o substitui.

HORMONIOTERAPIA

Alguns tipos de cânceres como o de mama e o de próstata, têm seu crescimento e proliferação dependentes de hormônios que são produzidos normalmente em nosso organismo. Uma forma de combater a doença é bloquear o hormônio ou impedir sua produção. A utilização de medicamentos com esse fim é chamada de Hormonioterapia.
 

Câncer de pulmão Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Câncer de pulmão (português brasileiro) ou cancro do pulmão (português europeu) é a expansão e transformação maligna do tecido pulmonar. É o tipo mais letal de câncer/cancro no mundo todo, responsável por 1,2 milhões de mortes anualmente. É causado principalmente pelo hábito de fumar cigarro, e afeta homens predominantemente, mas o número de câncer de pulmão em mulheres vem aumentando em decorrência do aumento do tabagismo.[1] Entretanto, algumas pessoas que nunca fumaram sofrem de câncer de pulmão.
Pesquisas atuais indicam que o fator com o maior impacto no risco de se ter um câncer de pulmão é a exposição a longo prazo de carcinógenos. O termo carcinógeno refere-se a qualquer forma de substância ou radiação que é um agente que promove ou tem envolvimento directo com a facilitação do câncer ou instabilidade genômica devido à destruição das mudanças metabólicas celulares. O meio mais comum de exposição aos carcinógenos é o tabagismo.
O tratamento dependem do tipo do câncer, o estágio ou estadio (grau de dispersão), entre outros fatores. Os tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia e terapia radioativa entre outros.

Índice

 [esconder

[editar] Classificação

Frequência dos tipos histológicos de câncer de pulmão
Tipo histológico Frequência (%)
Carcinoma de não-pequenas células 80,4
Carcinoma de pequenas células 16,8
Carcinoma[2] 0,8
Sarcoma[3] 0,1
Câncer de pulmão não-especificado 1,9
Classificação histológica dos carcinomas brônquicos de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):
  • Carcinoma de pequenas células
  • Carcinoma de não-pequenas células

[editar] Causas

As principais causas de câncer de pulmão incluem carcinógenos (como os presentes na fumaça do tabaco), radiação ionizante, Asbesto, infecção viral e material particulado. A exposição causa mudanças cumulativas no DNA do tecido que recobre os brônquios dos pulmões (o epitélio brônquico). Quanto mais o tecido é lesionado, maior a hipótese de desenvolvimento do câncer. Para piorar as substâncias do cigarro diminuem as respostas imunes deixando o organismo todo ainda mais vulnerável a doenças.[4]
De forma semelhante ao cigarro, a fumaça da maconha causa danos aos pulmões. Por possuir o dobro de hidrocarbonetos poliaromáticos e por geralmente envolver tragadas mais longas e profundas, o usuário de maconha fumada terminam com cinco vezes mais monóxido de carbono na corrente sanguínea do que os tabagistas. Como é fumada sem filtro, os danos causados aos pulmões equivalem ao dano causado por cerca de 20 cigarros. [5][6]
Quem não fuma mas convive com pessoas fumantes também corre o risco de desenvolver cânceres.

[editar] Tabagismo

A incidência do câncer de pulmão está altamente correlacionada com o tabagismo
O tabagismo, especialmente o de cigarros, é de longe o maior fator contribuinte para o câncer de pulmão.[7] Nos países desenvolvidos, quase 90% das mortes por câncer de pulmão são causadas pelo tabagismo. 1,4% das vítimas nunca fumaram, mas a maioria conviviam frequentemente com fumantes (geralmente em casa ou no trabalho), felizmente pessoas que nunca fumaram tem melhores respostas ao tratamento e maior taxa de sobrevivência [8].
Mulheres fumantes que fazem terapia hormonal tem um risco 60% maior de desenvolver câncer de pulmão do que as que não fazem. Além disso, também tem um risco aumentado para câncer de mama.[9]

[editar] Sinais e sintomas

Os sintomas que sugerem o câncer de pulmão incluem:
  • Falta de ar.
  • Tosse seguida de sangue.
  • Tosse crônica.
  • Chiado no peito.
  • Dor no peito ou no abdômen.
  • Dor na coluna vertebral (região dorsal).
  • Perda de peso, fadiga e perda de apetite.
  • Disfonia - disfonia representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz.
  • Hipocratismo digital - é um sinal caracterizado pelo aumento das falanges distais dos dedos e unhas da mão que está associada a diversas doenças, a maioria cardíacas e pulmonares (incomum).
  • Dificuldade em engolir.
  • Febre.
  • Cor da pele torna a ser mais amarelada.
  • Queda de cabelos e pelos pubianos.
  • Microbolhas pela pele.
  • Unhas crescendo em deformação.
  • Cheiro do corpo diferente, principalmente atrás das orelhas.
Porém, muitas vezes o câncer é assintomático nas fases iniciais e os sintomas só começam a aparecer nas fases mais graves.

[editar] Prevenção

Como, segundo o INCA cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são por causa do consumo de derivados do tabaco (geralmente cigarro), a principal forma de prevenção é nunca fumar e não ficar próximo a fumantes.[10]
Parar de fumar permite que o pulmão se regenere parcialmente, melhora a imunidade e melhora a saúde não só do fumante como de todos aqueles que vivem com ele. Diversos remédios psiquiátricos e psicoterapia podem ajudar nesse processo. [11]
No caso de ambientes contendo cancerígenos no ar, como fumaça e restos de minerais silicatos, máscaras apropriadas devem ser usadas.

[editar] Epidemiologia

Segundo a OMS 2008 houve 1,52 milhões de casos novos e 1,3 milhões de mortes por câncer de pulmão no mundo.
Câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comum entre os homens (desconsiderando os cânceres de pele não-melanoma), representando 17% do total dos novos casos de câncer, sendo um pouco mais incomum nas mulheres (11% dos casos de câncer), e 23% do total de mortes por câncer no mundo.[12] A cada ano aumentam em 2% a quantidade de novos casos no mundo. É uma das poucas doenças que continuam mesmo com os altamente letais avanços contínuos dos tratamentos. No Brasil mata cerca de 15.000 pessoas por ano.[13]
Ao contrário do que acontece em países mais desenvolvidos, no Brasil o câncer de próstata (com 52 mil novos casos/ano) é mais comum que o câncer de pulmão (com 18 mil novos casos/ano) entre os homens, e o câncer de mama (com 49 mil novos casos/ano) é mais comum que o câncer de pulmão (com 10 mil novos casos/ano) entre as mulheres. [14]
A faixa etária mais afetada são idosos entre 60 e 80 anos. É 50% mais comum entre homens negros e 10-20% entre mulheres negras por causa do tipo de cigarro tradicionalmente fumado entre negros possuírem maior porcentagem de nicotina e alcatrão.[15]

[editar] Tratamento

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

O risco de câncer é 5 vezes maior entre pessoas cujos pelo menos um dos pais morreram de câncer de pulmão mesmo que eles nunca tenham fumado.
O tratamento para o câncer de pulmão depende do tipo celular específico do câncer, o quanto ele se espalhou e o estado do paciente. Os principais tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Tumores restritos ao pulmão (estágio I ou II) devem ser operados e removidos e tem chance de cura entre 60 e 90%. Conforme ele se espalha pelo organismo passa a ser necessário uma associação de quimio e radioterapia, com eventual necessidade de intervenção cirúrgica, porém nesse estágio (estágio III) a chance de cura é reduzida a 30%. Quando o câncer se espalha para órgãos distantes (estágio IV) é altamente improvável a cura completa, mas ainda existem tratamentos paliativos que permitem o paciente viver mais alguns meses ou mesmo anos com boa qualidade de vida.[13]
Infelizmente cerca de 40% dos casos diagnosticados já se espalharam para regiões próximas e outros 40% já possuem metástases distantes, o que explica porque a taxa de sobrevida após 5 anos do diagnóstico estar apenas entre 10 e 15%. A sobrevida entre aqueles que apresentam poucos sintomas é duas vezes maior do que sintomas graves.[15]

Referências

  1. National Lung Cancer Partnership: Lung Cancer in American Women
  2. Morandi, U; Casali C, Rossi G. (2006). "Bronchial typical carcinoid tumors". Seminars in Thoracic and Cardiovascular Surgery 18 (3): 191–198. DOI:10.1053/j.semtcvs.2006.08.005. PMID 17185178.
  3. Etienne-Mastroianni, B; Falchero L, Chalabreysse L et al.. (December 2002). "Primary sarcomas of the lung: a clinicopathologic study of 12 cases". Lung Cancer 38 (3): 283–289. DOI:10.1016/S0169-5002(02)00303-3. PMID 12445750.
  4. Sopori, M (May 2002). "Effects of cigarette smoke on the immune system". Nature Reviews. Immunology 2 (5): 372–7. doi:10.1038/nri803. PMID 12033743.
  5. http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2286761-EI298,00.html
  6. http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u368157.shtml
  7. Biesalski, HK; Bueno de Mesquita B, Chesson A et al.. (1998). "European Consensus Statement on Lung Cancer: risk factors and prevention. Lung Cancer Panel". CA Cancer J Clin 48 (3): 167–176; discussion 164–166. DOI:10.3322/canjclin.48.3.167. PMID 9594919.
  8. Nordquist, LT; Simon GR, Cantor A et al. (August 2004). "Improved survival in never-smokers vs current smokers with primary adenocarcinoma of the lung". Chest (American College of Chest Physicians) 126 (2): 347–351. doi:10.1378/chest.126.2.347. PMID 15302716.
  9. Chlebowski RT et al (2009). "Non-small cell lung cancer and estrogen plus progestin use in postmenopausal women in the Women’s Health Initiative randomized clinical trial". Journal of Clinical Oncology 27 (155): CRA1500.
  10. http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/pulmao
  11. US Department of Health and Human Services (1990-09-30). "The Health Benefits of Smoking Cessation: a Report of the Surgeon General" (PDF). Centers for Disease Control (CDC), Office on Smoking and Health.. pp. vi, 130, 148, 152, 155, 164, 166. Retrieved 2007-11-18.
  12. Jemal, A; Bray, F, Center, MM, Ferlay, J, Ward, E, Forman, D (2011-02-04). "Global cancer statistics". CA: a cancer journal for clinicians 61 (2): 69–90. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.20107/full
  13. a b http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=340
  14. http://www.inca.gov.br/estimativa/2010/index.asp?link=conteudo_view.asp&ID=2
  15. a b http://euromedcateteres.com.br/pdf/05_CancerdePulmao.pdf
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Estadiamento





Estadiamento A necessidade de se classificar os casos de câncer em estádios baseia-se na constatação de que as taxas de sobrevida são diferentes quando a doença está restrita ao órgão de origem ou quando ela se estende a outros órgãos.

Estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação. Para tal, há regras internacionalmente estabelecidas, as quais estão em constante aperfeiçoamento.

O estádio de um tumor reflete não apenas a taxa de crescimento e a extensão da doença, mas também o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.

A classificação das neoplasias malignas em grupos obedece a diferentes variáveis: localização, tamanho ou volume do tumor, invasão direta e linfática, metástases à distância, diagnóstico histopatológico, produção de substâncias, manifestações sistêmicas, duração dos sinais e sintomas, sexo e idade do paciente, etc.

Diversos sistemas de estadiamento poderiam ser concebidos, tendo por base uma ou mais das variáveis mencionadas.

O sistema de estadiamento mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação dos Tumores Malignos. Este sistema baseia-se na extensão anatômica da doença, levando em conta as características do tumor primário (T), as características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza (N), e a presença ou ausência de metástases à distância (M). Estes parâmetros recebem graduações, geralmente de T0 a T4, de N0 a N3 e de M0 a M1, respectivamente.

Além das graduações numéricas, as categorias T e N podem ser subclassificadas em graduações alfabéticas (a, b, c). Tanto as graduações numéricas como as alfabéticas expressam o nível de evolução do tumor e dos linfonodos comprometidos.
O símbolo "X" é utilizado quando uma categoria não pode ser devidamente avaliada.
Quando as categorias T, N e M são agrupadas em combinações pré-estabelecidas, ficam distribuídas em estádios que, geralmente, variam de I a IV. Estes estádios podem ser subclassificados em A e B, para expressar o nível de evolução da doença.
Entretanto, existem sistemas de classificação que utilizam algarismos romanos sem que estes resultem da combinação de valores de T, N e M, como ocorre no estadiamento da doença de Hodgkin e dos linfomas malignos. Estes também são subclassificados em A e B, significando, respectivamente, ausência ou presença de manifestações sistêmicas.
Grupos que se dedicam ao estudo de tumores específicos costumam desenvolver sistemas próprios de estadiamento, mesmo que o tumor já possua regras de classificação pela UICC. Isto não significa que os sistemas sejam incompatíveis, mas sim que se complementam. É o caso, por exemplo, dos sistemas de estadiamento que expressam a classificação do tumor através de letras maiúsculas (A, B, C, D), tal como ocorre no estadiamento dos tumores de próstata, bexiga e intestino. Outro exemplo se verifica com o estadiamento dos tumores ovarianos (UICC e FIGO - Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia), atualmente compatibilizados.
O estadiamento pode ser clínico e patológico. O estadiamento clínico é estabelecido a partir dos dados do exame físico e dos exames complementares pertinentes ao caso. O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame anátomopatológico da peça operatória. É estabelecido após tratamento cirúrgico e determina a extensão da doença com maior precisão. O estadiamento patológico pode ou não coincidir com o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os tumores.
Independentemente do tipo de sistema utilizado para a classificação anatômica do tumor, este deve ser classificado quanto ao grau de diferenciação histológica, que varia de Gx a G4. Por vezes a própria denominação patológica do tumor inclui a sua diferenciação - é o caso do adenocarcinoma gástrico classificado como "difuso de Lauren" (maldiferenciado) ou do "tipo intestinal de Lauren" (bem diferenciado).
Tendo em vista que um órgão pode apresentar vários tipos histológicos de tumor, é de se esperar que os sistemas de estadiamento variem com a classificação histopatológica do mesmo. Por exemplo, os sistemas de estadiamento do câncer gástrico da UICC e da SJCG só são aplicáveis ao adenocarcinoma de estômago.
O estadiamento implica que tumores com a mesma classificação histopatológica e extensão apresentam evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico semelhantes.
A determinação da extensão da doença e a identificação dos órgãos por ela envolvidos auxiliam nas seguintes etapas:
  a) obtenção de informações sobre o comportamento biológico do tumor;
b) seleção da terapêutica;
c) previsão das complicações;
d) obtenção de informações sobre o prognóstico do caso;
e) avaliação dos resultados do tratamento;
f) investigação em oncologia: pesquisa clínica, publicação de resultados e troca de informações.
 

Os parâmetros de estadiamento devem incluir os fatores relacionados ao tumor e ao hospedeiro, quais sejam:
  a) órgão e tecido de origem do tumor;
b) classificação histopatológica do tumor;
c) extensão do tumor primário: tamanho ou volume; invasão de tecidos adjacentes; comprometimento de nervos, vasos ou sistema linfático;
d) locais das metástases detectadas;
e) dosagem de marcadores tumorais;
f) estado funcional do paciente.
 
O conhecimento do diagnóstico histopatológico do tumor não é pré-requisito para seu estadiamento. Em consulta de primeira vez, suspeitado o diagnóstico de neoplasia maligna, o médico deve, a partir do conhecimento da história natural do tumor, identificar queixas e buscar sinais que se associam ao mesmo, procurando assim avaliar a extensão da doença.
As evidências clínico-diagnósticas podem sugerir forte suspeita de neoplasia maligna, sendo a confirmação histopatológica obtida no decorrer da avaliação clínica, ou após a mesma. Às vezes, o estadiamento só pode ser estabelecido através de procedimentos cirúrgico-terapêuticos, como, por exemplo, nos casos de tumor de ovário, no qual é indicada cirurgia para ressecção do tumor e inventário da cavidade abdominal.
Enfim, o estadiamento de uma neoplasia maligna requer, por parte do médico, conhecimentos básicos sobre o comportamento biológico do tumor que se estadia e sobre o sistema de estadiamento adotado.
A indicação terapêutica do câncer depende do estadiamento da doença. Assim é que um estadiamento bem conduzido leva a condutas terapêuticas corretamente aplicadas.

Cançer de mama


Câncer de Mama

Direitos do Paciente

Os portadores de qualquer tipo de câncer gozam de uma série de benefícios assegurados por lei, como saque integral do FGTS, auxílio-doença e isenção de IPVA, entre outros. Conheça-os É fundamental conhecer os direitos do paciente com...

Os portadores de qualquer tipo de câncer gozam de uma série de benefícios assegurados por lei, como saque integral do FGTS, auxílio-doença e isenção de IPVA, entre outros. Conheça-os
É fundamental conhecer os direitos do paciente com câncer porque eles podem amenizar algumas dificuldades, principalmente do ponto de vista financeiro, já que diversos cuidados essenciais ao longo do tratamento representam uma elevação dos gastos mensais e, consequentemente, uma redução do orçamento familiar.
A seguir, uma lista com a descrição dos principais direitos do cidadão com câncer.

DIREITOS DO PACIENTE

Amparo Assistencial ao Idoso e ao Deficiente (LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social):

Renda Mensal Vitalícia/Amparo Assistencial ao Deficiente/LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social (Lei 8.742/93). É o benefício que garante um salário-mínimo mensal ao portador de câncer com deficiência física, incapacitado para o trabalho, ou ao idoso com idade mínima de 67 anos que não exerça atividade remunerada. É preciso comprovar a impossibilidade de garantir seu sustento e que sua família também não tem essa condição, bem como que o deficiente físico não está vinculado a nenhum regime de previdência social. É necessário, ainda, fazer um cálculo para verificar se a pessoa se caracteriza como beneficiário desse amparo assistencial. Quando a renda mensal familiar (de todos os familiares residentes no mesmo endereço), dividida pelo número de familiares, for inferior a um quarto (25%) do salário-mínimo, o benefício pode ser pleiteado.

Aposentadoria por invalidez:

de acordo com a Previdência Social, possui direito ao benefício o segurado que for considerado incapaz de trabalhar e não esteja sujeito à reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta o sustento, independentemente de estar recebendo ou não o auxílio-doença. Além de outros casos, o portador de câncer terá direito ao benefício, independentemente do pagamento de 12 contribuições, desde que tenha a qualidade de segurado, isto é, que seja inscrito no Regime Geral de Previdência Social (INSS). Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade.

Auxílio-doença:

têm direito ao benefício mensal os pacientes inscritos no Regime Geral de Previdência Social (INSS), quando ficam temporariamente incapazes para o trabalho, condição que deve ser comprovada por exames realizados pela perícia médica do INSS. O portador de câncer tem direito ao auxílio-doença, desde que fique impossibilitado de trabalhar para seu sustento. No caso do contribuinte individual (empresário, profissionais liberais, trabalhadores por conta própria, entre outros), a Previdência paga todo o período da doença ou do acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício).

FGTS:

os pacientes com câncer podem sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Na fase sintomática da doença, o trabalhador cadastrado no FGTS que tiver neoplasia maligna (câncer) ou que tenha dependente portador de câncer poderá fazer esse saque. O valor recebido será o saldo de todas as contas pertencentes ao trabalhador, inclusive a conta do atual contrato de trabalho. No caso de motivo de incapacidade relacionado ao câncer, persistindo os sintomas da doença, o saque na conta poderá ser efetuado enquanto houver saldo, sempre que forem apresentados os documentos necessários. O paciente pode aproveite para requerer a liberação do PIS/PASEP juntamente com a liberação do FGTS. São basicamente os mesmos documentos e a solicitação é feita na mesma unidade da Caixa Econômica Federal (CEF).

Isenção de imposto de renda na aposentadoria:

os portadores de câncer (neoplasia maligna) estão isentos do Imposto de Renda relativo aos rendimentos de aposentadoria, reforma e pensão, inclusive as complementações (RIR/1999, art. 39, XXXIII; IN/SRF 15, de 2001, art. 5º, XII). Mesmo os rendimentos de aposentadoria ou pensão recebidos acumuladamente não sofrem tributação, ficando isenta a pessoa acometida de câncer que recebeu os referidos rendimentos (Lei 7.713, de 1988, art. 6º, inciso XIV). A isenção do Imposto de Renda aplica-se nos proventos de aposentadoria ou reforma aos portadores de doenças graves, mesmo quando a doença tenha sido identificada após a aposentadoria.

Isenção de impostos como ICMS, IPI e IPVA na compra de veículos adaptados:

os pacientes com câncer são isentos destes impostos quando apresentarem deficiência física (nos membros superiores ou inferiores), que o impeça de dirigir veículos comuns. Também podem pedir baixa de isenção para o IPVA.

PIS:

podem realizar saque do PIS, na Caixa Econômica Federal (CEF), o trabalhador cadastrado que tiver câncer ou pessoas cujo dependente seja portador da doença. O trabalhador receberá o saldo total de quotas e rendimentos.

Quitação do financiamento da casa própria:

pacientes com invalidez total e permanente por conta do câncer possuem direito à quitação, desde que estejam inaptos para o trabalho e que a doença tenha sido adquirida após a assinatura do contrato de compra do imóvel. Ao pagar as parcelas do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o proprietário também paga um seguro que lhe garante a quitação do imóvel em caso de invalidez ou morte. Em caso de invalidez, o seguro quita o valor correspondente ao que o interessado se comprometeu a pagar por meio do financiamento. A instituição financeira que efetuou o financiamento do imóvel deverá encaminhar os documentos necessários à seguradora responsável pelo seguro. Trata-se de um seguro obrigatório pago juntamente com as parcelas de quitação, na aquisição da casa própria por meio de financiamento vinculado ao SFH, objetivando amenizar ou liquidar o saldo devedor do imóvel financiado nos casos de aposentadoria por invalidez ou morte do mutuário. A quitação do imóvel ocorrerá quando da morte do mutuário ou da aposentadoria por invalidez permanente, decorrentes de qualquer diagnóstico (inclusive câncer), sendo que o início da doença deverá ser posterior à assinatura do contrato para o financiamento.

Transporte coletivo gratuito:

alguns municípios dão direito à passagem livre nos transportes coletivos.
Para maiores informações acesse o site do: Inca.
Você pode também conhecer mais sobre os direitos do paciente no site do  Hospital A C Camargo.

Tratamentos

 

Câncer de Mama

Tratamentos

30 de setembro - 21h:36
Como existem diferentes tipos de câncer de mama, o seu médico, depois dos exames necessários, vai determinar o melhor tratamento para o tipo e estágio do tumor, o estado de saúde da paciente, a presença de receptores de hormônios e HER2. Veja alguns exemplos de tratamento.

Cirurgia

Quadrantectomia ou reparadora:

cirurgia que consiste em retirada parcial da mama. Todos estes casos devem ser complementados por radioterapia. Está indicada para pacientes com tumores em fase inicial e/ou mamas de volume adequado e que o resultado estético final seja satisfatório.

Mastectomia:

cirurgia que consiste na retirada total da mama. É indicada para pacientes que apresentem tumores avançados (lesões de grande tamanho ou com envolvimento da pele); pacientes que já foram submetidos a tratamento com radioterapia em região mamária ou torácica anteriormente; por opção da paciente como uma tentativa de evitar tratamento com radioterapia.

Radioterapia

Tratamento localizado que utiliza feixes de radiação ionizante, que visa destruir células tumorais e diminuir a chance da doença voltar no local operado. É indicada para pacientes com câncer de mama que fazem quadrantectomia ou mastectomia e que apresentem tumor com mais de 5 cm ou gânglios na axila comprometidos por células tumorais.

Quimioterapia

A quimioterapia consiste em uma forma de tratamento sistêmico, ou seja, para todo o corpo. São utilizados medicamentos de aplicação intravenosa, que matam as células cancerígenas. Este tratamento pode trazer efeitos colaterais como enjôo e queda de cabelo, mas variam muito de pessoa para pessoa. Nos últimos anos, com os avanços da medicina, a quimioterapia vem se tornando bem menos agressiva, diminuindo a incidência dos efeitos colaterais. A necessidade de quimioterapia será decidida pelo médico oncologista clínico, após o término do tratamento cirúrgico, e será baseado no tamanho do tumor, presença de gânglios axilares comprometidos, idade e condições clínicas gerais da paciente.

Hormonioterapia

Tratamento sistêmico, onde são utilizados medicamentos que visam inibir a atividade de hormônios que tenham influência no crescimento do tumor. É indicada somente nos casos em que o tumor for positivo para receptores hormonais. Esses receptores são identificados no laudo da biopsia.

Terapia-alvo

Tratamento específico para tumores HER2 positivos por meio de anticorpos monoclonais.

Diferentes tipos de Câncer de Mama

 

Câncer de Mama

Diferentes tipos de Câncer de Mama

30 de setembro - 21h:25
O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. Há os tumores mais e os menos agressivos, e os que crescem mais ou menos rápido, por exemplo. Uma série de características vai permitir ao médico indicar o tratamento mais adequado, aquele com maior chance de trazer a cura no menor tempo possível, minimizando os riscos de recaída. Muitas vezes, porém, a paciente não fica sabendo o que significam tantos termos técnicos e quais são suas implicações, o que tende a aumentar ainda mais sua angústia nesse momento tão delicado. Não deixe de conversar com o seu médico para acompanhar todos os passos do tratamento.

Ductal Ou Lobular


As primeiras informações sobre o tipo de tumor costumam vir no resultado da biópsia, que informa se o carcinoma (que é sinônimo para câncer de mama) é ductal ou lobular, classificação que diz respeito ao local da mama onde se originou o tumor.
As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários.
O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários.

In Situe Invasor

Além de ser lobular ou ductal, o tumor poderá ser também in situ ou invasor. Essa classificação indica se ele está contido num ponto específico da mama ou se já começou a se espalhar pelo órgão. “O tumor é revestido por uma membrana”, explica o mastologista Pedro Aurélio Ormonde do Carmo, do Hospital Câncer III, do Instituto Nacional do Câncer – Inca. “Se essa membrana não foi rompida e as células tumorais estão contidas dentro do nódulo, temos um carcinoma in situ. Se elas já atravessaram essa membrana, falamos de carcinoma invasor”, esclarece. “Todo tumor in situ, se não for tratado, tende a evoluir para invasor”, completa o especialista. Por isso, a importância do diagnóstico precoce.
O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. “É um tipo mais agressivo, com mais risco de metástase”, afirma Ormonde do Carmo. O carcinoma inflamatório se diferencia dos demais pelo fato de deixar a mama inchada e avermelhada, podendo a pele adquirir o aspecto de casca de laranja. Isso acontece porque as células tumorais se disseminaram pelos vasos linfáticos da pele que recobre a mama.

Receptores Hormonais

Seja ductal ou lobular, in situ ou invasivo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para os hormônios femininos estrógeno e progesterona. Receptores são proteínas localizadas na superfície externa da célula. No caso dos receptores hormonais, sua presença indica que o tecido tumoral se prolifera em resposta a esses hormônios. “Essa informação é muito importante para o tratamento”, afirma o especialista do Inca. “Os tumores que são positivos para receptores hormonais têm melhor prognóstico, ou seja, são mais fáceis de curar”, acrescenta.
O teste avalia a presença de cada receptor separadamente. Se o resultado for positivo para algum deles ou para ambos, a paciente passa a receber, além do tratamento convencional (quimio e radioterapia, por exemplo), a chamada hormonioterapia, que impede o acoplamento do hormônio com seu receptor, retardando o crescimento tumoral. Normalmente, a medicação leva a uma interrupção temporária dos ciclos menstruais.

HER2 Positivo

Tão indispensável quanto o exame para receptores hormonais é o teste para o receptor HER2, que também é uma proteína localizada na membrana das células. “Em até 25% dos casos de câncer de mama, essa proteína aparece em excesso, indicando que se trata de um tumor mais agressivo, ou seja, o risco de recaída, após o tratamento convencional, é bem maior”, explica o oncologista Aman U. Buzdar, oncologista do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, que esteve em São Paulo em 2009 para um congresso organizado pelo Hospital A. C. Camargo.
Tal como os receptores hormonais, a positividade para HER2 implica no uso de uma medicação específica que se somará ao tratamento e cujo objetivo também é bloquear o receptor, diminuindo a velocidade de crescimento do tumor. Segundo Buzdar, nos casos em que a doença está em estágio inicial, o tratamento específico pode reduzir o risco de recorrência da doença em até 50%. “É importante que a paciente cobre do médico o teste de HER2”, completa o especialista.

Triplo Negativo

Um tumor de mama pode ser positivo para estrógeno, progesterona e HER2. Ou pode ser positivo apenas para um ou dois desses receptores. Ou pode, ainda, ser negativo para todos eles, o que os oncologistas chamam de tumor triplo negativo. “São tumores mais agressivos”, afirma Ormonde do Carmo. “Como não há um receptor para atacar com medicamentos específicos, o tratamento é mais difícil”, acrescenta. Por outro lado, essas pacientes respondem melhor à quimioterapia.

Sintomas

 

Câncer de Mama

Sintomas

30 de setembro - 21h:13
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
  • inchaço em parte do seio;
  • irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
  • dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
  • vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
  • saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;
  • caroço nas axilas
 

Diagnóstico precoce

Câncer de Mama

Diagnóstico precoce

30 de setembro - 20h:54
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

Autoexame

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.
É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

Mamografia

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.

Detecção Precoce

 

Câncer de Mama

Detecção Precoce

22 de setembro - 23h:37
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo
Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

AUTOEXAME

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.
A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento.
Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano.

DIREITO DE TODAS

O Brasil é um país de desigualdades, que são ainda mais evidentes na assistência à saúde. O acesso à mamografia é um exemplo típico, infelizmente. O número de brasileiras que realizam o exame anualmente ainda é muito baixo. As que dispõem de planos de saúde privados têm mais facilidade, mas representam uma pequena parcela da população. A grande maioria depende do Sistema Único de Saúde, em que as dificuldades são bem conhecidas, havendo muitas diferenças de região para região.
Até recentemente, o Ministério da Saúde recomendava que a mamografia anual fosse realizada em mulheres pelo SUS a partir de 50 anos. Mas esse limite de idade mudou com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, garantindo o benefício a partir dos 40 anos.
A Lei Federal nº 11.664/2008 foi uma conquista da Femama e representa um grande avanço na luta contra do câncer de mama. No entanto, ela precisa ser colocada em prática de norte a sul do País, e sem a pressão da sociedade isso pode levar muito tempo, pois são conhecidos os problemas de infraestrutura e de profissionais especializados para atender a essa demanda.

SELO DE QUALIDADE

Outro problema que prejudica a detecção precoce do câncer de mama é a má qualidade das mamografias feitas no País. Numa pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), 77% dos exames foram rejeitados por problemas técnicos relacionados à qualidade da imagem, ao posicionamento incorreto das pacientes e ao uso inadequado dos equipamentos. O resultado é, além de tumores que passam despercebidos e de biópsias desnecessárias, o grande número de mamografias que precisam ser refeitas.
Para combater o problema, o Colégio Brasileiro de Radiologia, em parceria com o Inca e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criou, em 2005, um programa de certificação de mamógrafos, que conta com o apoio da Femama e do Instituto Avon.
Os mamógrafos certificados contam com um selo de qualidade, mas eles ainda são minoria. Até o fim de 2008 eram pouco mais de 400, de um total de cerca de 2,4 mil em todo o País. É importante que tantos os médicos quanto as pacientes procurem saber se os mamógrafos dos serviços utilizados têm o selo de qualidade.
Vicky Emptage/Ilustration works/Corbis/Latin Stock

Diagnóstico positivo

 

Câncer de Mama

Diagnóstico positivo

22 de setembro - 23h:38
O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender os diferentes tratamentos prescritos pelos médicos. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso
CARCINOMA DUCTAL E LOBULAR
As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. A principal classificação do câncer de mama diz respeito à estrutura em que se originou o tumor.
O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Ele pode ser in situ, quando se restringe às células desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários, e também pode ser in situ ou invasivo.
O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam o estágio mais precoce do câncer de mama. Se não forem tratados, a tendência é evoluir para a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama e, posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito pequenos (menores de 1 centímetro) para serem palpados, mas podem ser detectados na mamografia e curados em 95% dos casos.
TIPO INFLAMATÓRIO
O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. Ele costuma disseminar-se por toda a pele da mama, tornando-a avermelhada, quente e inchada devido à presença de células tumorais nos vasos linfáticos da pele.
Outros tipos de câncer de mama, bem mais raros, incluem a doença de Paget, que se inicia no mamilo; os linfomas, que acometem o sistema linfático da mama; e os sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (músculo ou gordura) da mama.
RECEPTORES HORMONAIS
Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), que são proteínas localizadas na superfície externa da célula. Sua presença indica sensibilidade das células tumorais a esses hormônios. Trata-se de uma informação muito importante para definir que tipo de tratamento a paciente irá receber. Os tumores positivos para receptores hormonais geralmente crescem mais lentamente.
HER-2
Outro receptor cuja presença fará muita diferença no tratamento prescrito pelo médico é conhecido como HER-2. Trata-se de uma proteína, também situada na face externa da célula, que está presente em 25% dos casos de câncer de mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais agressivos, isto é, crescem e se disseminam mais rapidamente que outros tipos de câncer, e devem ser tratados com medicamentos específicos.
Imagem: Istockphoto

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